sexta-feira, 18 de abril de 2014

Insuportavelmente desconectado

Acho engraçados os momentos que vêm à inspiração pra escrever. E é tão engraçado como, do nada, somem. Ah, inspirações, inspiração. Respiração. Acho que estou mais é precisando expirar. Tirar mais que só o ar dos pulmões. Mas, as palavras do coração. As perdas da memória. As dores nas costas e pernas. A fraqueza das mãos. Preciso e vou!

Aqui eu não preciso me preocupar muito com estética (apesar de), se o parágrafo tem inicio, meio e fim. Se tem ou não coesão ou coerência. Pombas! Isso aqui é meu! Feito pra mim! Feito por mim! E, sinceramente, estou cansado de fazer as coisas pelos outros. E me esquecer, me deixar, me largar (como me referi na postagem de 2013, merda!). Vou largar de vocês! De mãos!

Três horas da manhã: não sei se estou delirando pela febre, se por conta do filme que acabara de ver ou pela bagunça que sinto dentro de mim. Sinceramente, não sei e não consigo definir nada disso! Mas, comigo é tudo tão assim, de repente. Dois filmes me vêm à memória: “De repente, Califórnia” e “De repente, 30”. De repente é uma palavra que me dá um nó. Nunca consigo ler “derepente”, sempre leio “de-repente”. E me é estranho. Uma pausa “tão grande” pra uma palavra que vem de repente.

Cansaço me definiria bem nesse momento. Cansado: de pessoas felizes (não que eu não esteja ou não seja, tanto faz), de sempre demorar, tudo (tenho pressa, poxa, tempo me irrita, esperar me irrita, me cansa, me desanima, me deixa insuportavelmente desconectado por dentro), de sentir saudade de pessoas e coisas e lugares e vozes, das quais, eu não deveria sentir. E por estar cansado quase sempre, pareço distante, afoito e pessimista, quase sempre.

Tive um dia muito legal, eu diria. Saboreei uma boa comida japonesa na hora do almoço, (ah, esqueci, fui acordado!), fiz compras (de livros legais e blusas legais), fiquei feliz. Mas, tudo parece faltar, por menor que seja aquele canto do quebra-cabeça e, geralmente, é por eles que começamos. Estanho. Estranhamente fico descontente por alguns segundos. Mas, depois passa, recupero-me de mim e canto. Não ando podendo reclamar de muita coisa, mas tenho medo de tantas outras.


Porém, Eu sou forte! Aguento o tranco! Sorrio (e aceno com os olhos). Bem-vindo, de volta, não você, mas aquelas coisas boas, que por algum motivo, me deixam bem e feliz. E a gente pode continuar contando por aí que somos feitos de areia e cimento.

(03:25)"Te pego na escola e encho a tua bola com todo meu amor [...]
Faço promessas malucas tão curtas quanto um sonho bom [...]
Te dou outra vida pra te mostrar quem sou [...]
Encontro um abrigo no peito do meu traidor [...]
Vivo num clipe sem nexo, um Pierrot retrocesso, meio bossa nova e rock'n roll [...]
Faz parte do meu show, meu amor."
Intérprete: Cazuza (meu eterno beija-flor)

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